"-... esse sujeito de quem estou falando trabalhava como domador de cavalos (...) parecia ter sido feito por encomenda para domar os potros; mas a verdade é que ele tinha outro ofício: o de 'provocador'. Era provocador de sonhos. Isso é que ele era realmente." Pedro Páramo, Juan Rulfo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

BUDRUS - documentário


BUDRUS, documentário vencedor de mais de 15 prêmios internacionais, traz a história de um vilarejo na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, que ocupou as manchetes em 2003, quando foi palco de um inusitado protesto não-violento. O motivo foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses que destruiria oliveiras histórica e economicamente importantes. À frente do movimento estava Ayed Morrar, cuja liderança comunitária e pacifista uniu em torno da causa facções palestinas rivais, como a Fatah e o Hamas, e judeus progressistas. Também importante para a mobilização foi Iltezam, a filha de Morrar, que conseguiu uma adesão maciça de mulheres. Ouvindo todos os lados envolvidos, a diretora brasileira Julia Bacha monta um amplo painel de uma situação explosiva no Oriente Médio que encontrou solução por via pacífica.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Eu não preciso de Dia do Orgulho Heterossexual.

Eu não preciso de dia do orgulho heterossexual.

Por ser hétero...
eu nunca sofri preconceito.
eu nunca fui ameaçado.
eu nunca fui preterido na procura por um emprego.
Por ser hétero...
eu nunca tive a incompreensão ou desprezo dos meus pais e familiares.
eu nunca perdi “amigos” por assumir minha sexualidade.
eu nunca tive medo de expressar meu amor por alguém em público.
Por ser hétero...
eu nunca me senti discriminado no sermão do padre ou do pastor.
eu nunca sofri bullying na escola.
eu nunca fui ofendido ou agredido.

A sociedade nunca me fez me sentir mal por ser hétero, então por que eu preciso de uma data para manifestar suposto orgulho?
Não há nada justifique o projeto de lei que institui tal data. Agora dizer que a data é para "conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes" me enoja. Eu tenho mais o que fazer!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Inside Job

À maneira de muitos professores aproveito as férias para me atualizar com o cinema. Costumo assistir muitos filmes que durante o semestre só ouvi comentários. Entre os filmes, que estavam na minha lista já a algum tempo, assisti "Trabalho Interno" (Inside Job, 2010, EUA, dir. Charles Fergunson). Trailer abaixo.



Eu não tinha assistido mas já estava indicando para meus alunos no início deste ano. Alguns torceram o nariz por se tratar de um documentário. Mas depois que ganhou o Oscar de melhor documentário ficou mais fácil de alguns se arriscarem a ver.
Para quem não sabe o documentário narra de maneira bem didática as causas da crise financeira de 2008 e suas consequências. E as causas são bem desagradáveis: o sistema financeiro norteamericano abusou na ganância e criou uma bolha econômica baseada nos créditos imobiliários. As consequências piores ainda: quebradeira global, desemprego, falência generalizada, recessão etc. E o pior: o governo americano salvando os bancos a custos estratosféricos com o dinheiro do contribuinte.
Além da indicação para assistir o filme como meio para entender um pouco como funciona o sistema financeiro global desde a década de 80 (por conta do neoliberalismo e sua desregulamentação financeira) escrevo para expor algo incômodo.
Este tipo de filme dá aquela sensação: "puxa! ainda bem que tem alguém que vai para além da verdade superficial da mídia para nos mostrar a realidade." Ainda bem mesmo! Ótimo trabalho de Fergunson. Mas aí está o problema do... "agora sinto-me melhor informado." Será? Volto a repetir: Charles Fergunson fez um ótimo documentário. Gostei muito. Só que dou o direito de me perguntar... mas isto é tudo? Por que ficam, para mim, questões não respondidas:
A ganância, por mais extrema que seja, justifica o gigantesco rombo criado? Será que tudo se baseia em quantos jatinhos, mansões, iates a mais eu tenho?
Eu faço estas questões porque no filme ficou muito evidente que o governo americano a vários mandatos (antes mesmo de Bill Clinton), se não apoiava, fazia vistas grossas à festa que se armava. E para quem ainda acha que o Barack Obama é renovação tem que, no mínimo, assistir a este filme.
Se o sistema financeiro (bolsa, bancos, seguradoras etc.) é um dos maiores contribuintes das campanhas eleitorais nos EUA e sua estrutura de lobby (gente paga para influenciar -$$$- o congresso) é uma das mais fortes como não pensar na relação poder econômico x poder político?
Se se muda o partido (Republicano ou Democrata) no governo americano e quem deveria regular o sistema financeiro é sempre o mesmo que dele se beneficia quem manda em quem?
A impressão que eu tenho quando vejo estes magnatas do sistema financeiro (ou da mídia, os Murdochs espalhados por aí) tentando se explicar em tribunais é que eu quase consigo ver os fios de marionetes acima deles.
A crise de 2008 já era prevista. É possível encontrar na internet entrevistas e diálogos do início de 2008 onde se comenta o que estava para acontecer no segundo semestre daquele ano. E não eram economistas que falavam (como aparecem no filme prevendo a catástrofe), mas pessoas antenadas à política global.
Por que os maiores responsáveis pela crise que assolou o planeta conseguem sair impunes? Só a relação com o governo explica? Acredito que não.

sábado, 18 de junho de 2011

Loukanikos, o cão anarquista




Desde o início da crise financeira global de 2008 os manifestantes gregos tem um mascote. Um cão chamado, até onde se sabe, Loukanikos. Ele tem "participado" das manifestações, desde 2008, contra a crise financeira global (2008 até) e a crise financeira da Grécia (desde 2010). Aos gritos, ou melhor, aos latidos de "Fora FMI" e "Os bancos tem que pagar a conta" o cão anarquista tem demonstrado grande coragem ao enfrentar bombas de gás lacrimogêneo e as tropas de choque gregas. Pra ver Loukanikos em ação em vídeo clique aqui.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A história das coisas



Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aurora Boreal



A aurora polar é um fenômeno óptico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar e a poeira espacial encontrada na via láctea com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre. Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como aurora boreal (nome batizado por Galileu Galilei em 1619, em referência à deusa romana do amanhecer Aurora e ao seu filho Bóreas, representante dos ventos nortes), ou luzes do Norte (nome mais comum entre os escandinavos). Ocorre normalmente nas épocas de setembro a outubro e de março a abril. Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como aurora austral, nome batizado por James Cook, uma referência direta ao fato de estar ao Sul. Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 23 de maio de 2011

BIN LADEN's BUFFET




Publicado na Folha de São Paulo, 15 de maio de 2011. Caderno 2 - Mundo, p. 2.

CASA DE BIN LADEN TEVE ATÉ CASAMENTO

"...o dono legal da casa em que ocorreu a ação (de assassinato de Osama Bin Laden), Arshad Khan, ofereceu a um vizinho a área externa do local para uma festa de casamento no ano passado, e foi visto circulando pela área para fazer compras duas semanas antes de os americanos chegarem.
'Eu não fui convidado, mas conheço vizinhos que foram. Eles voltaram para suas vilas. São festas grandes, com mais de 50 pessoas, e o Sr. Khan emprestou a área mais externa da casa para celebração', afirm ou Riaz Rehman, 42, dono de uma loja de artigos de computação.
Segundo ele, a festa ocorreu há cerca de um ano e seria uma 'walima', a última etapa do casamento - quando os noivos, que podem estar casados há meses, oferecem comida a convidados. (...)
O levantamento de informações é precário. Um policial que abastecia jornais locais com dados nos dias seguintes ao ataque sumiu, na definição dos moradores. 'Aqui não se pode falar nada, olhe em volta, os vizinhos mais próximos foram mandados para suas aldeias de origem. Só sei que ninguém acredita que Osama estava aqui', diz o encanador Mohammed Aishef." (...)
"O que é mais intrigante é imaginar que a versão do casamento seja exatamente o que esses vizinhos dizem. Por que alguém escondendo o homem mais procurado do mundo faria uma festa em seu quintal?"
"Medo, desconfiança, versões conflitantes e só uma certeza: de que ainda falta elucidar muita coisa."

domingo, 15 de maio de 2011

É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade!



Considerado um clássico da propaganda este antigo comercial da Folha de São Paulo nos faz refletir a respeito de uma estratégia midiática comum. Por isso, cuidado com as verdades veiculadas na televisão e na mídia em geral! É muito comum termos que descobrir qual é a grande mentira por detrás das verdades. Os fatos, muitas vezes, nada mais são eventos periféricos, porém verdadeiros, de algo que se quer omitir ou fazer passar como real:

- EUA torturaram para obter informações sobre paradeiro de Osama Bin Laden.
- Bin Laden deixou vídeos gravados.
- Paquistão se irrita com intervenção americana em seu território.
- Helicóptero caiu em ação no Paquistão para "pegar" Osama Bin Laden.
- Osama Bin Laden morreu.

"Uma mentira repetida um milhão de vezes se torna verdade." Joseph Goebbels, ministro da comunicção de Adolf Hitler

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Matou a cobra? II - Iraniano diz que Bin Laden morreu por doença

Heydar Moslehí - Ministro da Inteligência Iraniana
Ministro iraniano diz ter provas de que Bin Laden morreu por doença "há muito tempo"

O ministro iraniano de Inteligência, Heydar Moslehí, anunciou que seu país teria "informação fidedigna" de que o terrorista saudita Osama bin Laden teria morrido "há muito tempo por causa de uma doença".

Em declarações divulgadas nesta segunda-feira (9) pela imprensa estatal, o chefe dos serviços secretos do Irã afirmou duvidar da operação norte-americana que teria matado Bin Laden, segundo a versão oficial apresentada pelos Estados Unidos, e desafiou Washington a mostrar o corpo do saudita.

A Casa Branca diz ter lançado o corpo de Bin Laden ao mar, após colher material para exame de DNA, e com direito às cerimônias religiosas correspondentes à tradição islâmica. O governo americano também diz ter fotos da operação, mas decidiu não tornar as imagens públicas.

"Temos informação fidedigna de que Bin Ladem morreu há muito tempo por causa de uma doença", rebateu Moslehí em declarações à imprensa local, após a reunião dominical do Conselho de Ministro.

"Se os aparelhos de segurança e de inteligência de fato prenderam ou mataram Bin Laden, porque não mostram o cadáver? Por que o jogariam ao mar?", questionou o iraniano.

A resposta, segundo Moslehí, o interesse de Washington seria "obscurecer o despertar islâmico na região".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/05/09/ministro-iraniano-diz-ter-provas-de-que-bin-laden-morreu-por-doenca-ha-muito-tempo.jhtm


TRECHOS DO EDITORIAL DA FOLHA DE SÃO PAULO DE 08/05/2011

"Em meio à sucessão de versões incompletas e até contraditórias, acumulam-se dúvidas sobre a legalidade e a legitimidade da operação em que foi morto Osama Bin Laden..." (...)
"Bin Laden foi executado, quando poderia ter sido capturado e julgado?" (...)
"... a ausência de um corpo contribui para a convicção de muitos de que o governo Obama quer ocultar detalhes comprometedores da operação."(...)
"Barack Obama tentou conferir um tom de vitória moral ao raíde, ao dizer que se fez justiça. Justiça se faz nos tribunais, sob o império do lei - como não se cansam de pregar os americanos, ainda que nem sempre o pratiquem."

Esta é a mídia meanstream. Esta "oficialidade" dos fatos propagada pela mídia dá náuseas. Apesar de ser o "máximo' que eles podem fazer pelo menos questionam o intervencionismo norteamericano.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Matou a cobra? Que prove então!





Escrevo para dizer que duvido, como muitos já sabem, das notícias que os EUA querem que sejam veiculadas pelo mundo. A última, como não poderia deixar de ser, diz respeito ao suposto assassinato de Osama Bin Laden por forças militares norte-americanas no Paquistão e que seu corpo teria sido jogado no mar. Eu discuto a notícia em si. Osama bin Laden deve estar morto. Os EUA não seriam idiotas de noticiar o assassinato de alguém que pudesse aparecer a qualquer momento. Eu questiono como ele morreu.
Duvido que ele tenha sido assassinado por forças militares norteamericanas.
Duvido que ele tenha morrido na última semana.
Duvido que os EUA não sabiam do paradeiro de Osama Bin Laden desde os ataques de 11 de Setembro de 2001.
Aos alunos que me perguntavam de Bin Laden eu respondia: ou está morto ou, se vivo, os EUA sabem muito bem onde está. Hoje fico com a segunda opção por um motivo muito simples: a morte de Bin Laden é um poderoso acontecimento político para ser desperdiçado.

Obama, o presidente, diz que não revelará as fotos por considerá-las fortes e que poderiam fomentar represálias terroristas pelo mundo.
Ao considerar a ação histórica recente norte-americana, ao que se refere ao tratamento de imagens de líderes inimigos capturados, só posso desconfiar.
No final da década de 60, auge da Guerra Fria, os EUA não titubearam ao escancarar as fotos pós-execução de, nada mais nada menos, Ernesto Che Guevara. Temeram por tornar Che mártir? Temeram por transformar Che em um ícone da revolução socialista? Temeram por fomentar guerrilhas camponesas e urbanas num mundo dividido entre socialistas e capitalistas?
Mais recentemente os EUA também não se reprimiram ao divulgar imagens de Sadam Hussein capturado, examinado, barbudo, humilhado e, literalmente, com a corda no pescoço! Não se tratavam de imagens fortes? Humilhantes? Medo de incitar revoltas e represálias? Questionamentos sobre direitos de capturados e priosioneiros? Teve morte de acordo com a tradição islâmica? Huumm....
Por que a diferença agora?
Se os EUA foram capazes de enganar o mundo com as supostas armas químicas-biológicas para invadir o Iraque em 2003 por que não fariam de novo agora? Querem motivos?
- Popularidade de Barack Obama. A reeleição é no próximo ano.
- Implementação de novas medidas de "segurança nacional" frente a uma provável onda de terrorismo. O medo é capaz de tudo.
- Problemas econômicos internos. Mudança de foco.
- Manter a imagem do Prêmio Nobel da Paz de Obama. "O mundo é mais seguro agora."

É velha conhecida a "mania" norteamericana de usar dois pesos duas medidas. Eles manipulam informações de acordo com seus interesses. Demonstram apoio ou inconformidade com governos, sistemas políticos, ditadores etc. de acordo com a conveniência dos programas e da agenda da hegemonia yanque. Não é possível confiar num governo assim. Eles já deram provas demais que falam e fazem tomando como princípio básico a manutenção de seu poder. Eles já foram capazes de colocar seus próprios cidadãos em risco quando o assunto é defender seus interesses. Daí manipular informações numa mídia dominada por alguns poucos poderosos que tem relações estreitas com o alto mando do governo é um passo muito pequeno.

Continuo duvidando das explicações norteamericanas para o 11 de setembro. As últimas notícias só reforçam estas dúvidas.

sábado, 23 de abril de 2011

Desenvolvendo o lado direito do cérebro

Os dois hemisférios do cérebro humano.Após apresentar o vídeo (Derrame de Percepção) do post anterior alguns alunos me perguntaram como desenvolver o lado direito do cérebro. A minha resposta de início foi "começar a almoçar ou jantar com a televisão desligada". Logo depois desta resposta foi possível escutar um "ahhh..." que queria dizer "Ah! Assim é difícil!". A minha intenção foi deixá-los cientes de como passamos a maior parte do nosso dia desligados do presente, ou seja, ficamos no lado esquerdo do cérebro. Deixamos de prestar atenção no que fazemos. Ou, então, nos preocupamos demais com o amanhã e perdemos energia demais com o ontem e deixamos o agora passar. Mas há, obviamente, outras maneiras de desenvolvermos as capacidades do lado direito do cérebro. Talvez não sejam as mais fáceis para alguns, mas vão aí algumas dicas:

1. Desenvolva alguma atividade artística: aprenda algum instrumento musical, teatro, pintura, desenho, canto, dança, fotografia, poesia etc.

2. Participe de atividades cooperativas: trabalhos em grupo, esportes de equipe (de preferência não-competitivas), mutirões etc.

3. Faça alguma doação. Pode ser aquele brinquedo esquecido e que você nem lembra mais que existe. De repente ele pode ser o motivo do sorriso de uma criança.

4. Procure passar algum tempo em contato com a natureza: parques, praia, campo etc. Contemple paisagens e seus elementos naturais.

5. Conhecimentos sobre história natural, astronomia etc. nos fazem também pensar sobre nossa relação com a natureza, com o cosmos etc.

6. Desenvolvimento da espiritualidade. Isto não significa ter uma religião. As nossas capacidades espirituais nos ajuda na percepção da nossa conexão com algo maior que nossa individualidade.

7. Faça algum trabalho voluntário em creches, asilos, escolas, instituições sociais, igrejas etc. Pode ser uma hora por semana ou algum tempo nas férias.

8. Valorize o tempo com sua família. Descubra mais sobre seus pais, avós etc. Já procurou escrever sua árvore genealógica?

9. Medite. A meditação pode ser um momento de profundo silêncio e concentração num foco só (respiração, uma imagem, um objeto etc.), mas também pode ser a concentração total em algo que se está fazendo. Exemplo: quando almoçar e jantar preste atenção no sabor do que está ingerindo. Hehe... isto significa desligar a televisão. Umas das melhores definições de meditação que conheço diz que "meditação é colocar a mente onde o corpo está."

10. Valorize as atividades culturais, históricas, folclóricas etc. Isto nos faz desenvolver nossa noção de pertencer a uma família, a um grupo, sociedade, nação etc.

Estas são apenas algumas dicas. O importante é começar. Devemos lembrar que o fundamental é o desenvolvimento equilibrado dos dois hemisférios do cérebro. No vídeo fica claro que a neurocientista só sobreviveu por causa do lado esquerdo que a alertou sobre o derrame. Portanto, ambos são importantes. Tomando isto em conta podemos exercitar nossa massa cinzenta fazendo um uso mais efetivo das capacidades deste órgão.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um derrame de percepção - Jill Taylor





Em 9 de dezembro de 1996, a neuroanatomista norte-americana Jill Bolte Taylor tinha 37 anos e foi para a cama com uma preocupação: como abastecer o banco de cérebros da Universidade Harvard, onde trabalhava, com órgãos recém-retirados de vítimas de doenças mentais. Na manhã seguinte, seu mundo racional começou a se desintegrar.
Um coágulo no hemisfério esquerdo (ligado à razão) do seu cérebro provocou um derrame. Assim, ela teve de contar apenas com o hemisfério direito (associado ao pensamento simbólico e à criatividade) em um processo de recuperação que partiu da estaca zero. Quando a mãe da cientista — uma ex-professora de matemática — tentou ensinar o que era 1 + 1, ouviu como resposta: “O que é 1?”.







Pergunta - A sua experiência pessoal mudou o modo como você vê e sente os papéis desempenhados pelos dois hemisférios do cérebro?

Taylor - Completamente. Antes do derrame, eu tinha uma visão geral do papel de cada hemisfério, mas eu não tinha a menor idéia de como dizer qual parte do meu cérebro estava contribuindo com qual informação para formar a minha percepção da realidade.

Pergunta - O que você mudaria na maneira como os derrames são tratados?

Taylor - Eu deixaria as pessoas dormirem quando se sentissem cansadas e iria tratá-las com compaixão quando estivessem acordadas. Assumiria que o cérebro é capaz de se recuperar e o trataria com respeito. Em vez de me referir aos pacientes como “vítimas”, passaria a chamá-los de “sobreviventes”! Falaria que as pessoas “tiveram” um derrame em vez de “sofreram”.

Pergunta - Depois de reconstituir seu hemisfério esquerdo, em que você se assemelha e difere da Jill pré-derrame?

Taylor - Eu continuo tão esperta quanto antes, além de ter as mesmas capacidades cognitivas e intelectuais. Mas agora eu decidi gastar meu tempo fazendo coisas que vão ajudar outras pessoas, em vez de focar toda a minha energia na carreira. Estou mais interessada em ajudar a humanidade, e antes meu principal objetivo era escalar os degraus do mundo acadêmico.

Pergunta - O fato de ter utilizado com mais freqüência o seu hemisfério direito alterou o seu pensamento? Você se lembra de como ele era antes do derrame?

Taylor - Agora ele está excepcional porque eu dediquei um tempo trabalhando essa parte do meu cérebro. Imediatamente depois do derrame, a sensação de que eu estava criativa era ainda mais clara e excitante. E essa sensação acabou se traduzindo na minha arte com vitrais.

Pergunta - Por falar em arte, além de confeccionar vitrais, você toca violão. Foi especialmente complicado recuperar esses seus talentos?

Taylor - Foi bem mais fácil que os cálculos matemáticos, mesmo aqueles mais elementares. Isso porque os talentos artísticos estão associados ao hemisfério direito do cérebro. Com a ausência temporária do meu hemisfério esquerdo, esses talentos até melhoraram.
fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia

PS : Jill Taylor escreveu um livro intitulado "A cientista que curou seu próprio cérebro" (foto no início do post) onde ela narra detalhadamente sua experiência.

sábado, 16 de abril de 2011

Luiz Molion: resfriamento global, mídia e lavagem cerebral nas escolas


Mesa redonda "Mudanças Climáticas - contra incertezas: pelo debate científico." Departamento de Geografia - USP - Novembro/2010

"A nossa ignorância do que se refere ao calor que sai do interior da Terra e aquece as águas profundas é muito grande. Acho que não existe ninguém no mundo que é capaz de dizer isto: quanto calor sai do interior da Terra que é transferido para os oceanos e depois chega à superfície. Assim como também ninguém tem condição de dizer o quanto de CO2 sai do interior da Terra e entra pelos oceanos alimentando os oceanos(...) os oceanos se aquecem (...) liberando mais CO2."

(...)
"Nos próximos vinte anos nós vamos ver o resfriamento." (...)
"É curioso que quando se fala de fonte de CO2 ninguém fala, por exemplo, da dissolução das rochas carbonatárias. Que é a desmineralização das rochas de carbonato."
(...)
"Nos próximos vinte anos o sol vai estar neste mínimo que ocorre a cada cem anos."
"Espera-se que o campo magnético solar se enfraqueça, pelo menos, 50%... (...) se isto ocorrer isto poderia mudar a circulação do magma sob as placas tectônicas e produzir uma maior atividade sísmica nos próximos vinte anos."
(...)
"A Globo, a Record não tem interesse. A agenda está fechada para este tipo de assunto. Você vai na redação das revistas, dos jornais o pessoal não quer nem saber." Mario Fontes
"Eu vejo que muita gente que é da academia desconhece estas coisas."
"O que a gente vê nos livros (escolares) das crianças é que o homem destrói a camada de ozônio, que o homem está aquecendo o planeta que são hipóteses que nunca foram comprovadas. (...) pra mim isto não é educação, isto é lavagem cerebral. E o pior: os professores não tem condições de contestar isto."
(...)
"Até as (tvs) educativas, ou pretensa educativas, como a Futura, NatGeo, History Channel elas não abordam (o resfriamento global). Elas são instrumentos do pessoal de fora."
"...aos poucos estes eventos (invernos rigorosos por conta do resfriamento) vão destruir esta idéia do aquecimento global. Vocês vêem a urgência deles fazerem estas COPs (Conferência das Partes - convenções sobre alterações, biológicas, climáticas etc.), a urgência que eles tem é que o tempo está acabando (Mario Fontes faz gesto, esfrengando dedos, que significa dinheiro). Eles sabem que o clima está esfriando e que este discurso não vai chegar a lugar nenhum."

"É uma corrida, eles estão correndo para implementar tudo. Todas as leis no Brasil estão sendo mudadas com o princípio da precaução... (...) estão fazendo a toque de caixa, correndo... o que vai acontecer daqui a pouco, vai mudar e eles vão falar: 'Viu? Consertamos.' " Ricardo Felício.

Luiz Molion - PhD, Profo. do Instituto de Ciências Atmosféricas, Universidade Federal de Alagoas. Membro da Comissão de Climatologia da OMM.
Ricardo Augusto Felício - Profo. Dr. em Climatologia, Depto. Geografia USP, pesquisador da área de climatologia Antártida e Variabilidade Climática.
Mario Fontes - Engo. Agrônomo, responsável pelo blog "A grande farsa do aquecimento global.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Realengo e a Escola em luto



Até a semana passada as únicas referências que eu tinha do bairro de Realengo no Rio de Janeiro eram da canção "Engenho de Dentro" de Jorge Ben Jor: "Engenho de Dentro, quem não saltar agora só em Realengo. Cuidado para não cair da bicicleta, cuidado para não esquecer o guarda-chuva" e de Gilberto Gil "Aquele abraço": "Alô, alô Realengo, aquele abraço." Eram referências poéticas e alegres para um bairro periférico da metrópole carioca. Um bairro castigado, como tantos outros espalhados pelo Brasil, por ser uma espécie de bairro-dormitório mas cujo histórico está ligado ao Exército (fábrica de armas) e à industrialização no final do século XIX.

Entretanto, todos sabem que Realengo entra agora para o conhecimento público por motivos nada poéticos, econômicos e, muito menos, alegres. O massacre dos estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira chocou a todos e colocou o bairro no mapa da violência brasileira. O pior é que o episódio se deu num lugar em que a violência não deveria existir: a escola.

De tudo que li e vi, uma imagem que me chamou a atenção foi uma ilustração da Folha de São Paulo de 9 de abril, página A2. Nela aparece um desenho infantil, de traços singelos e inocentes em aquarela, onde vemos uma escola com flores e crianças criando um ar lúdico e familiar. Mas quebrando a harmonia do desenho há respingos de sangue manchando o papel. Triste!

Ouvi, hoje pela manhã, pelo rádio, entrevista com a professora que atendeu o ex-aluno assassino antes dele entrar nas salas. Ela comentava a respeito do ambiente desolador que ficaram as salas por onde ele passou: materiais escolares - cadernos, livros, lápis etc - espalhados pelo chão e ensanguentados. Paredes sujas. Carteiras caídas. É difícil imaginar.

Aos meus alunos comentei que a melhor coisa que podemos fazer era mandarmos, mentalmente, os desejos de paz e amor para aqueles que vivenciaram de perto a tragédia. Mas, que, além disso, a melhor homenagem aos que morreram é que valorizássemos o que temos na escola: amigos, aprendizado, socialização, diversão, namoros, esportes etc. Era, possivelmente, o que aqueles jovens que morreram buscavam e foram, definitivamente, impedidos.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Qual o preço do abacaxi?





Ontem no programa Globo Rural da TV Globo (devo confessar: uma das primeiras coisas que faço nas manhãs de domingo é ligar a TV para ver este programa) foi apresentada uma reportagem sobre a produção de abacaxis pérola no Tocantins.

Após a apresentação do processo de cultivo da fruta a discussão girou em torno do preço do produto. O produtor agrícola vende a R$ 2,70 cada unidade do abacaxi. Perguntaram a um trabalhador desta lavoura se ele sabia a quanto era vendido na cidade. Ele respondeu que não tinha nenhuma idéia. A reportagem acompanha o carregamento e descobre que o abacaxi produzido no Tocantins é vendido em supermercados de São Paulo a R$ 8,00. Se comprá-lo descascado e fatiado o preço chega a R$ 18,00!!!

A reportagem otimista diz algo como "o abacaxi depois que sai de Tocantins continua gerando riqueza: para o motorista que transporta a carga, para os postos de gasolina ao longo da estrada, para o supermercado que vendo o produto ao consumidor final etc."

Ok. Realmente pode continuar gerando riqueza. Só que não há em nenhum momento um questionamento a respeito de como esta riqueza é distribuída. E não é pouca. Um abacaxi que nasce valendo R$ 2,70 e passa a valer no fim R$ 8 passou por um aumento de aproximadamente 300%. O agricultor que arou a terra, depois plantou, aguardou o tempo de crescimento, cuidou da plantação, correu o risco de perder a produção por causa das intempéries, colheu, correu o risco de supersafra e consequente queda do preço do produto etc. acaba ficando com uma parte pequena desta riqueza. O trabalho na terra é desvalorizado.


Não foi questionado o quanto se aumenta o preço do abacaxi por causa do custo embutido por causa dos buracos nas estradas e da ineficiência da infraestrutura de transportes. Não se discute o número de atravessadores (estes ganham muito só por repassar e circular o produto) entre o produtor e o consumidor final. Não se questiona a relação entre produção e consumo deste produto tropical, originalmente brasileiro, que vai para as regiões mais frias do Brasil e, por exportação, do mundo.


Como eu deixei entender, eu gosto do Globo Rural porque traz muitas matérias interessantes e algumas idílicas (é o meu lado roça!). E também é bastante didático em questões geográficas que eu já usei e uso em sala de aula. Agora... daria pra ser um pouco crítico! Nem falo de aprofundar a questão, apenas observassem os vários desdobramentos sócioeconômicos deste ciclo reprodutor de contradições e desigualdades.

Aliás, vocês já viram um pé de abacaxi?

Um amigo foi comigo visitar o sítio de meu avô. Então sugeri que ele conhecesse a plantação de abacaxis já na época de colheira e que ficava ao lado de um pomar. Ao chegar no local ele ficou olhando... olhando... sem abaixar o olhar me falou: Fernando, eu não estou vendo abacaxi nenhum nas árvores!!! hehe... espero que eu não precise te explicar.


Dados:


O Brasil é o terceiro maior exportador de abacaxi, atrás da Tailândia e Filipinas

O maior cliente do Brasil é a Holanda.

O brasileiro consome apenas 50 kg de abacaxi por ano. Na Alemanha é de 112 kg.

Rondônia é o principal produtor do Brasil.


Abacaxi é ótima fonte de cálcio, vitaminas A, B e C.






segunda-feira, 28 de março de 2011

A FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL


"Um erro não se torna verdade por causa da sua propagação, nem a verdade se torna um erro porque ninguém a viu”. Mahatma Gandhi.



Que fique claro o seguinte: há (ou havia) o aquecimento global. No entanto, a farsa está no que causa e esta não é humana. Controlar o carbono significa controlar a economia. Significa controlar as atividades humanas e seu desenvolvimento. E o pior: taxá-las. Possível causa? Simples: o que aquece o planeta? O sol. Não entendeu? Então clique nos links abaixo.


Blog, matérias e vídeos sobre a farsa.


Blog do engenheiro Mario de Carvalho Fontes Neto. O blog é bem amplo ao tratar de vários assuntos relacionados à tese de que o que gera o aquecimento global não é a emissão de CO2. O site é muito visitado e é o mais completo sobre o assunto. Ele ainda traz links e vários vídeos de discussões acadêmicas (inclusive da USP) e um famoso documentário, na sua versão original, que deu nome ao site que também está disponível no youtube no endereço abaixo:

A Grande Farsa do Aquecimento Global é o polêmico e controverso documentário exibido no dia 8 de março de 2007 no Channel 4 no Reino Unido. Veja no endereço acima a versão disponível no Youtube, com legendas em português do Brasil, dividida em 9 partes. Tempo total: 76 minutos.



A Farsa do Aquecimento Global,com Jesse Ventura-LEGENDADO 1 de 4 Episódio da série de TV americana “Conspiracy Theory” apresentada pelo ex-ator e ex-governador Jesse Ventura. O programa buscar verificar o que é fato e o que é lenda em famosas teorias conspiratórias. Apesar de sencionalista o episódio levanta uma série de informações importantes sobre o tema como o fato de Al Gore, ex vice-presidente dos EUA tão aclamado e homenageado – ganhou inclusive o prêmio Nobel da Paz - pela sua exposição sobre o aquecimento global no filme “Uma verdade inconveniente”, ser sócio de uma empresa na Califórnia que negocia créditos carbono. O episódio vai além de mostrar a farsa sobre o aquecimento global quando busca entender as razões de tal empreitada global.

Programa Canal Livre da Bandeirantes. Entrevista com o climatologista Luiz Carlos Molion, um dos maiores especialistas brasileiros sobre alterações climáticas, representante da América Latina na Organização Meteorológica Mundial. Programa dividido em 7 partes. A primeira parte já deixa bem claro o entendimento do cientista a respeito do tema. No vídeo abaixo o cientista defende inclusive a tese de que na verdade passaremos por um resfriamento global nas próximas décadas:

sábado, 8 de janeiro de 2011

The whole of the Moon





The Whole Of The Moon lyrics
The Waterboys

I pictured a rainbow
you held in your hands
I had flashes
but you saw then plan
I wondered out in the world for years
while you just stayed in your room
I saw the crescent
you saw the whole of the moon!
The whole of the moon!
You were there at the turnstiles
with the wind at your heels
You stretched for the stars
and you know how it feels
To reach too high
too far
Too soon
you saw the whole of the moon!
I was grounded
while you filled the skies
I was dumbfounded by truths
you cut through lies
I saw the rain-dirty valley
you saw Brigadoon
I saw the crescent
you saw the whole of the moon!
I spoke about wings
you just flew
I wondered, I guessed, and I tried
you just knew
I sighed
but you swooned
I saw the crescent
you saw the whole of the moon!
The whole of the moon!
With a torch in your pocket
and the wind at your heels
You climbed on the ladder
and you know how it feels
To reach too high
too far
Too soon
you saw the whole of the moon!
The whole of the moon!
Unicorns and cannonballs,
palaces and piers,
Trumpets, towers, and tenements,
wide oceans full of tears,
Flag, rags, ferry boats,
scimitars and scarves,
Every precious dream and vision
underneath the stars
You climbed on the ladder
with the wind in your sails
You came like a comet
blazing your trail
Too high
too far
Too soon
you saw the whole of the moon!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Yann Tiersen


Seleção de fotos do slide: peww1
Música: "Comptine d'un autre" été de Yann Tierse

Guillaume Yann Tiersen (Brest, 23 de junho de 1970) é um músico de vanguarda, multiinstrumentista e compositor francês de origem judaica. Compõe para piano, sanfona e violino. Esta belíssima peça para piano o tornou bastante conhecido porque é tema do filme francês "O fabuloso destino de Amelie Poulin".


Compôs também a trilha sonora de outro filme conhecido pelos brasileiros: "Adeus Lênin!". Abaixo a peça "Summer 78", do filme citado, com vídeo feito por Alberto Rozende Balazs.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Trote ou a perda da noção do privado?

-Alô, pois não?
-Alô, com quem falo? (Voz de um homem por volta de 50 anos)
-Com quem o senhor deseja falar?
-Oras, desejo falar com alguém daí. (Ele fala sério!)
-Então! Quem é esse alguém que o senhor deseja falar?
-Porque eu tenho que dizer? Quem é você?
-Quem é o senhor?
-Se você não disser quem é você eu não digo quem sou eu. (!!)
-Ok. Então ficamos assim. Vou desligar.
-Tá bom então!
Desliguei o telefone.

No tempo que passei na Holanda aprendi que a primeira coisa que se faz quando se telefona para alguém é se identificar. A identificação vem junto com o alô, hi, hello etc.

- Hi, here is...

Ligar para alguém é como bater na porta da casa da pessoa. Daí que alguém que bate à sua porta deve se identificar primeiro. Parece-me óbvio, mas não é para todos.