"-... esse sujeito de quem estou falando trabalhava como domador de cavalos (...) parecia ter sido feito por encomenda para domar os potros; mas a verdade é que ele tinha outro ofício: o de 'provocador'. Era provocador de sonhos. Isso é que ele era realmente." Pedro Páramo, Juan Rulfo.

domingo, 6 de maio de 2012

The mountain

Nessa sequência de imagens é possível observar a Via Lactea. Em noites límpidas e sem lua, longe das luzes artificiais das áreas urbanas, pode-se ver claramente no céu uma faixa nebulosa atravessando o hemisfério celeste de um horizonte a outro. Chamamos a essa faixa Via Láctea, devido à sua aparência, que lembrava aos povos antigos um caminho esbranquiçado como leite. Sua parte mais brilhante fica na direção da constelação de Sagitário, sendo melhor observável no Hemisfério Sul durante as noites de inverno.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Walking in the air

A Nasa (agência espacial americana) reuniu em um vídeo imagens feitas por astronautas da Expedition 30, que participam de missão na Estação Espacial Internacional. O vídeo, divulgado na sexta-feira (20), é uma série de sequências de lapso de tempo com trilha sonora de "Walking in the Air", de Howard Blake. Além das auroras (boreal e austral) são apresentados um "pôr da lua", a passagem do cometa Lovejoy, os lampejos dos relâmpagos numa tempestade na África etc. Uma produção de lapsos de tempo de vídeos a bordo da Estação Espacial Internacional em órbita, enquanto a 250 milhas acima da Terra em 17.500 milhas por hora, ajuda as pessoas a acompanhar nossas missões, não como espectadores, mas como companheiros tripulantes. - Ron Garan, astronauta da NASA, Expedição 27 e 28 Fonte: www.youtube.com

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Revoluções Educacionais

Apesar de, do ponto de vista histórico da educação, constatarmos nos dias de hoje aspectos de uma de Terceira Revolução Educacional, ainda não começamos a cortar as amarras que nos prendem à Revolução Educacional anterior.
A saber: a chamada Segunda Revolução Educacional seria a superação de um modelo educacional onde apenas os filhos da elite e da aristocracia podiam ter um tutor que se responsabilizasse pelo seu progresso intelectual. Dessa maneira a educação passa a contemplar a população no geral. Porém, apesar do seu aspecto democratizante, ela tem aspectos de homogeneização, disciplina, autoritarismo, é centrada na figura do professor como o detentor do conhecimento etc.
A grande maioria das nossas escolas funciona assim. Apesar de todo aparato tecnológico, das pedagogias modernas, do avanço das ciências cognitivas etc. reproduzimos nas escolas modelos ultrapassados.
A escola da Segunda Revolução Educacional incorporou métodos e procedimentos de uma outra revolução: a Industrial.
O processo de produção fordista, voltado para as massas, adentrou os muros da escola e lá se estabeleceu.
A produção do conhecimento se dá sob o controle de sistemas de qualidade (provas e avaliações periódicas) e de comportamento (disciplina e submissão do corpo). A aprendizagem, assim como a produção industrial, se dá de maneira fragmentada em especialidades (disciplinas) o que dificulta a compreensão do todo (alienação?) etc. O tempo na escola e da aprendizagem é totalmente regulada pelo relógio. Alunos que não aprendem determinados conteúdos em deteminado tempo são considerados atrasadoss. Como produtos que não passam por um controle de qualidade ou são rejeitados (transferidos) ou são reinseridos na linha de produção (repetência).



A superação de tal modelo possivelmente se equiparará com a nova revolução que vivemos: a da informação. Ao invés do sistema linear de produção, a era da informação demanda um sistema em rede. Assim, acredito, o aprendizado se dará num ritmo e num tempo humano e a maneira de construir conhecimento deixará de ser linear e passará e satisfazer a curiosidade e os interesses pessoais de cada aluno.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

BUDRUS - documentário


BUDRUS, documentário vencedor de mais de 15 prêmios internacionais, traz a história de um vilarejo na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, que ocupou as manchetes em 2003, quando foi palco de um inusitado protesto não-violento. O motivo foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses que destruiria oliveiras histórica e economicamente importantes. À frente do movimento estava Ayed Morrar, cuja liderança comunitária e pacifista uniu em torno da causa facções palestinas rivais, como a Fatah e o Hamas, e judeus progressistas. Também importante para a mobilização foi Iltezam, a filha de Morrar, que conseguiu uma adesão maciça de mulheres. Ouvindo todos os lados envolvidos, a diretora brasileira Julia Bacha monta um amplo painel de uma situação explosiva no Oriente Médio que encontrou solução por via pacífica.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Eu não preciso de Dia do Orgulho Heterossexual.

Eu não preciso de dia do orgulho heterossexual.

Por ser hétero...
eu nunca sofri preconceito.
eu nunca fui ameaçado.
eu nunca fui preterido na procura por um emprego.
Por ser hétero...
eu nunca tive a incompreensão ou desprezo dos meus pais e familiares.
eu nunca perdi “amigos” por assumir minha sexualidade.
eu nunca tive medo de expressar meu amor por alguém em público.
Por ser hétero...
eu nunca me senti discriminado no sermão do padre ou do pastor.
eu nunca sofri bullying na escola.
eu nunca fui ofendido ou agredido.

A sociedade nunca me fez me sentir mal por ser hétero, então por que eu preciso de uma data para manifestar suposto orgulho?
Não há nada justifique o projeto de lei que institui tal data. Agora dizer que a data é para "conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes" me enoja. Eu tenho mais o que fazer!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Inside Job

À maneira de muitos professores aproveito as férias para me atualizar com o cinema. Costumo assistir muitos filmes que durante o semestre só ouvi comentários. Entre os filmes, que estavam na minha lista já a algum tempo, assisti "Trabalho Interno" (Inside Job, 2010, EUA, dir. Charles Fergunson). Trailer abaixo.



Eu não tinha assistido mas já estava indicando para meus alunos no início deste ano. Alguns torceram o nariz por se tratar de um documentário. Mas depois que ganhou o Oscar de melhor documentário ficou mais fácil de alguns se arriscarem a ver.
Para quem não sabe o documentário narra de maneira bem didática as causas da crise financeira de 2008 e suas consequências. E as causas são bem desagradáveis: o sistema financeiro norteamericano abusou na ganância e criou uma bolha econômica baseada nos créditos imobiliários. As consequências piores ainda: quebradeira global, desemprego, falência generalizada, recessão etc. E o pior: o governo americano salvando os bancos a custos estratosféricos com o dinheiro do contribuinte.
Além da indicação para assistir o filme como meio para entender um pouco como funciona o sistema financeiro global desde a década de 80 (por conta do neoliberalismo e sua desregulamentação financeira) escrevo para expor algo incômodo.
Este tipo de filme dá aquela sensação: "puxa! ainda bem que tem alguém que vai para além da verdade superficial da mídia para nos mostrar a realidade." Ainda bem mesmo! Ótimo trabalho de Fergunson. Mas aí está o problema do... "agora sinto-me melhor informado." Será? Volto a repetir: Charles Fergunson fez um ótimo documentário. Gostei muito. Só que dou o direito de me perguntar... mas isto é tudo? Por que ficam, para mim, questões não respondidas:
A ganância, por mais extrema que seja, justifica o gigantesco rombo criado? Será que tudo se baseia em quantos jatinhos, mansões, iates a mais eu tenho?
Eu faço estas questões porque no filme ficou muito evidente que o governo americano a vários mandatos (antes mesmo de Bill Clinton), se não apoiava, fazia vistas grossas à festa que se armava. E para quem ainda acha que o Barack Obama é renovação tem que, no mínimo, assistir a este filme.
Se o sistema financeiro (bolsa, bancos, seguradoras etc.) é um dos maiores contribuintes das campanhas eleitorais nos EUA e sua estrutura de lobby (gente paga para influenciar -$$$- o congresso) é uma das mais fortes como não pensar na relação poder econômico x poder político?
Se se muda o partido (Republicano ou Democrata) no governo americano e quem deveria regular o sistema financeiro é sempre o mesmo que dele se beneficia quem manda em quem?
A impressão que eu tenho quando vejo estes magnatas do sistema financeiro (ou da mídia, os Murdochs espalhados por aí) tentando se explicar em tribunais é que eu quase consigo ver os fios de marionetes acima deles.
A crise de 2008 já era prevista. É possível encontrar na internet entrevistas e diálogos do início de 2008 onde se comenta o que estava para acontecer no segundo semestre daquele ano. E não eram economistas que falavam (como aparecem no filme prevendo a catástrofe), mas pessoas antenadas à política global.
Por que os maiores responsáveis pela crise que assolou o planeta conseguem sair impunes? Só a relação com o governo explica? Acredito que não.

sábado, 18 de junho de 2011

Loukanikos, o cão anarquista




Desde o início da crise financeira global de 2008 os manifestantes gregos tem um mascote. Um cão chamado, até onde se sabe, Loukanikos. Ele tem "participado" das manifestações, desde 2008, contra a crise financeira global (2008 até) e a crise financeira da Grécia (desde 2010). Aos gritos, ou melhor, aos latidos de "Fora FMI" e "Os bancos tem que pagar a conta" o cão anarquista tem demonstrado grande coragem ao enfrentar bombas de gás lacrimogêneo e as tropas de choque gregas. Pra ver Loukanikos em ação em vídeo clique aqui.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A história das coisas



Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aurora Boreal



A aurora polar é um fenômeno óptico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar e a poeira espacial encontrada na via láctea com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre. Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como aurora boreal (nome batizado por Galileu Galilei em 1619, em referência à deusa romana do amanhecer Aurora e ao seu filho Bóreas, representante dos ventos nortes), ou luzes do Norte (nome mais comum entre os escandinavos). Ocorre normalmente nas épocas de setembro a outubro e de março a abril. Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como aurora austral, nome batizado por James Cook, uma referência direta ao fato de estar ao Sul. Fonte: Wikipedia