EDUCAÇÃO - CULTURA - GAIA "Educar é possibilitar e fomentar sonhos. É acreditar que o desejo, como matéria onírica consciente, é plena de transmutação e realização."
"-... esse sujeito de quem estou falando trabalhava como domador de cavalos (...) parecia ter sido feito por encomenda para domar os potros; mas a verdade é que ele tinha outro ofício: o de 'provocador'. Era provocador de sonhos. Isso é que ele era realmente." Pedro Páramo, Juan Rulfo.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
O juiz e a Lei
Juiz nega que tenha errado ao libertar pedreiro que confessou 6 mortes em Luziânia (GO) O juiz afirmou que agiu corretamente, considerando o processo e o que está previsto em lei.
"A grande questão é que eu não mudaria uma vírgula no que fiz", alegou. "Se eu começar a indeferir benefício pelo o que aconteceu com o Adimar, eu estarei encobrindo uma tragédia com uma injustiça. Eu não tenho esse direito", completou.
Miranda disse estar "tranquilo" em relação à decisão tomada, por ter seguido estritamente o que diz a lei, segundo ele. No entanto, afirmou estar "triste"pela tragédia. "A única coisa que posso fazer é rezar para que Deus dê o conforto necessário [às famílias dos jovens]."
Fonte http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u721849.shtml
Jesus, dois mil anos atrás, "ousou" num sábado colher espigas de trigo porque estava com fome. Seus companheiros indagaram-no por que ele infringia as leis judaicas que proibiam qualquer atividade naquele dia da semana. A sua resposta poderia ser resumida na seguinte questão: “a lei foi feita para o homem ou o homem para a lei?” Parece-me que o juiz Luis Carlos Miranda ou não conhece a passagem bíblica ou obedece de fato à lei em detrimento da vida e dos homens. Que ele tenha levado somente em conta os aspectos técnicos e jurídicos para sua decisão é uma coisa, outra é dizer que não mudaria “uma vírgula” e atendeu “estritamente” a lei mesmo sabendo que sua decisão teve relação direta com a tragédia de Luziânia. Parece-me que não temos homens ou seres humanos com poder de decidir, mas robôs e máquinas que cumprem “estritamente” o que está escrito como um programa de computador. As leis neste caso não protegem, não produzem justiça porque seus súditos obedecem-na tão cegamente que os tornam insensíveis diante de fatos tão bárbaros. Lamentável.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário